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Justiça concede liberdade a suspeitos de esquartejar crianças em possível ritual satânico

Justiça concede liberdade a suspeitos de esquartejar crianças em possível ritual satânico

A Justiça do Rio Grande do Sul concedeu liberdade provisória, nesta quarta-feira, a cinco homens que estariam envolvidos num suposto ritual satânico que teria terminado com a morte de duas crianças. Todos eram suspeitos de esquartejarem duas crianças em possível ritual satânico em setembro de 2017, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos.  Dos deles, que estavam foragidos tiveram o pedido de prisão revogados. 

 

A decisão da juíza de Direito Angela Roberta Paps Dumerque, da Vara do Júri da Comarca de NH, é desta tarde e se refere aos cinco homens que estavam presos e aos outros dois foragidos. "Considerando que as decisões que anteriormente decretaram prisões temporárias e preventivas se basearam na investigação policial apresentada e postulação do Delegado de Polícia responsável pela investigação à época e neste momento, com o aprofundamento das investigações, se observa que as novas informações angariadas ao feito possuem o condão de derruir o conjunto probatório até então existente, revogo a prisão preventiva e concedo a liberdade provisória", considerou a magistrada.

 

A prisão temporária dos suspeitos foi decretada em 21/12/17 e a conversão para prisão preventiva, em 5/1/18.

 

A decisão ocorre após a Justiça negar, em pelo menos três ocasiões, a liberdade de um dos suspeitos. O “bruxo” como o suspeito se autodenomina o suspeito foi preso em 27 de dezembro, durante a Operação Revelação. Ele foi apontado pela Polícia Civil como suspeito de realizar um ritual macabro para atrair prosperidade. Durante a cerimônia, duas crianças teriam sido esquartejadas, como forma de sacrifício. Apenas partes dos corpos de dois irmãos - um menino, entre 8 e 9 anos, e de uma menina, entre 10 e 12, foram localizados. As crianças que seriam argentinas, da região de Corrientes, ainda não foram identificadas.

 

Os outros dois homens, que tiveram a liberdade concedida pela Justiça, haviam sido apontados pela investigação como os encomendadores do ritual para atrair prosperidade. São empresários de Novo Hamburgo e atuariam no ramo imobiliário. O filho de um deles e um seguidor do “bruxo” também haviam sido detidos, mas já estão soltos. Os foragidos seriam um argentino, que teria traficado as crianças do país vizinho, e o outro filho de um dos empresários.


“Revelação divina”

 

A prisão de três suspeitos – o “bruxo”, um empresário e o filho dele – foi comandada pelo delegado Moacir Fermino, que na época estava à frente da investigação. Em entrevista coletiva à imprensa, ele disse que chegou as conclusões do caso, através de uma “revelação divina”.

 

“Foi uma revelação de dois profetas de Deus. Quando eu cheguei na delegacia, um deles me ligou, dizendo que tinha informações e que era para eu pegar um caderno para anotar. Foi uma revelação divina”, destacou o delegado.

 

Sobre o caso

 

Em 4 de setembro de 2017, duas crianças foram encontradas esquartejadas no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. As partes dos corpos estavam embaladas em sacolas plásticas e em caixas de papelão em um mato às margens da rua Porto das Tranqueiras.

 

Segundo a perícia, os corpos são de um menino, entre 8 e 9 anos, e de uma menina, entre 10 e 12. As crianças são irmãs apenas por parte de mãe. Há a suspeita de que elas sejam argentinas, provavelmente da região de Corrientes, e tenham sido trocadas por uma caminhonete roubada.

 

O suposto ritual teria sido encomendado por dois empresários do ramo imobiliário para atrair prosperidade aos negócios. Os homens, de Novo Hamburgo, teriam pago R$ 25 mil à vista para o bruxo realizar o sacrifício.

 

O homem que se autodenomina bruxo mantinha um templo em Gravataí, onde os rituais eram realizados. Durante escavações no terreno onde fica a casa, foi localizado um fêmur de um animal.

 

Uma testemunha diz que viu parte do ritual. Segundo depoimento, ao passar pelo local, ela teria avistado as duas crianças usando capuz. Essa pessoa teria informado ainda à polícia o nome dos sete investigados – seis estavam em um círculo durante o ritual.

 

Correio do Povo





Autor: Comunitária 98.3FM

Data da Postagem: 08/02/2018 10:09:00

Fonte: In Foco RS