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Frases que marcaram o racha no PSL: 'Queimado para caramba'; 'Ingratidão impera'; 'Vou implodir o presidente'

Frases que marcaram o racha no PSL: 'Queimado para caramba'; 'Ingratidão impera'; 'Vou implodir o presidente'

A crise política entre o presidente Jair Bolsonaro e o PSL expõe disputa que opõe os filiados fiéis ao presidente — que não controlam a sigla — aos dirigentes que defendem o deputado Luciano Bivar no comando da legenda.

O embate se tornou público quando Bolsonaro fez críticas a Bivar durante conversa informal com um apoiador e tem sido marcado por troca de farpas com declarações públicas e também privadas, com áudios vazados.

 

Relembre as principais frases da crise:

08/10/2019 (terça-feira)

 

Presidente criticou PSL a um apoiador que se apresentou como pré-candidato do partido.

“Cara, não divulga isso não, cara. O cara [Luciano Bivar, presidente do PSL] tá queimado para caramba lá. Entendeu? E vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara. Esquece o partido", diz Bolsonaro a apoiador.

Bolsonaro diz para apoiador no Palácio da Alvorada esquecer o PSL

 

 

09/10/2019 (quarta-feira)

 

Luciano Bivar comentou fala de Bolsonaro do dia anterior.

"A fala dele foi terminal, ele já está afastado. Não disse para esquecer o partido? Está esquecido", declarou o presidente do PSL. " A declaração de ontem foi terminal, ele disse que está afastado. Não estamos em grêmio estudantil. Ele pode levar tudo do partido, só não pode levar a dignidade, o sentimento liberal que temos e o compromisso com o combate à corrupção."

Bolsonaro tentou explicar declaração e negou crise.

"Por enquanto, eu continuo [no PSL]. Não tem crise. Briga de marido e mulher, de vez em quando acontece. O problema não é meu. O pessoal quer um partido diferente, atuante. O partido está estagnado. Não tem confusão nenhuma", disse Bolsonaro.

Bolsonaro afirma que "não tem crise" após declaração polêmica

 

15/10/2019 (terça-feira)

 

Bivar foi alvo de operação da PF que investiga uso de candidatura laranja pelo PSL, e defesa do presidente do partido falou em 'turbulência política'.

"A defesa enfatiza que o inquérito [da PF] já se estende há 10 meses, já foram ouvidas diversas testemunhas e não há indícios de fraude no processo eleitoral. Ainda na visão da defesa, a busca é uma inversão da lógica da investigação, vista com muita estranheza pelo escritório, principalmente por se estar vivenciando um momento de turbulência política", diz a nota, assinada pelo escritório de advocacia de Ademar Rigueira.

 

16/10/2019 (quarta-feira)

 

Bolsonaro defendeu transparência sobre contas do partido.

"Ah, o presidente falou em transparência. Eu falei, sim, em transparência. Então, vamos mostrar as contas, e não ficar — como a gente vê notícias por aí — expulsa de lá, tira da comissão, vai retaliar". [...] O partido tem que fazer a coisa que tem que ser feita, normal. Não tem que esconder nada. Eu não quero tomar partido de ninguém. Agora, transparência faz parte, o dinheiro é público, R$ 8 milhões", disse Bolsonaro.

Luciano Bivar divulgou texto no qual negou haver sigilo nas contas do partido.

"No que se refere ao exercício de 2019, cujas contas serão prestadas em 30 de junho de 2020, nos termos da nova Lei 13.877/2019– sancionada pelo Excelentíssimo Senhor Presidente da República, o partido esclarece, de antemão e como não poderia deixar de ser, que não há absolutamente nada sigiloso", diz o texto de Bivar.

Aliado de Bivar afirmou ao colunista Gerson Camarotti que disputa por dinheiro vai expor vísceras de todos os grupos do PSL.

“Não vai ficar bonito para ninguém. Todo mundo vai para lama e as vísceras ficarão expostas”, alertou um aliado de Bivar na direção do partido.

O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista a jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (16) — Foto: Guilherme Mazui/G1O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista a jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (16) — Foto: Guilherme Mazui/G1

O presidente Jair Bolsonaro durante entrevista a jornalistas na portaria do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (16) — Foto: Guilherme Mazui/G1

 

17/10/2019 (quinta-feira)

 

Áudio revelou articulação de Bolsonaro para tirar Delegado Waldir da liderança do PSL na Câmara.

"Olha só, nós estamos com 26, falta só uma assinatura pra gente tirar o líder, tá certo, e botar o outro. E a gente acerta, e entrando o outro agora, em dezembro tem eleições para o futuro líder a partir do ano que vem", afirma o presidente.

Revistas divulgam áudio que seria do presidente Jair Bolsonaro

Após áudio vazar, ainda na manhã de quinta-feira, Bolsonaro disse que não discute "publicamente" a disputa pela liderança do PSL na Câmara.

"Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se alguém grampeou telefone, primeiro é uma desonestidade", disse.

No início da tarde de quinta, Bolsonaro decidiu tirar a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) do comando da liderança do governo no Congresso e substituí-la pelo senador Eduardo Gomes (MDB-TO). A deputada assinou a lista de apoio à manutenção do deputado Delegado Waldir (GO) na liderança do PSL na Câmara dos Deputados, o que contrariou o governo.

“Vou para liderança do governo honrado com o convite do presidente e comprometido com a pauta que já vinha defendendo: ajudar o país no exercício das pautas importantes, como a [reforma da] Previdência e a [reforma] tributária. Tenho ótima relação tanto com presidente da Câmara quanto do Senado. Não entro na briga interna de partidos”, afirmou Eduardo Gomes ao repórter Nilson Klava, da GloboNews.

 

Após ser retirada da liderança do governo no Congresso, Joice Hasselmann falou em "ingratidão".

"Minha alforria chegou. Cansei de fazer discurso para consertar as besteiras deste governo", disse Joice. "Falei para o Ramos [Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo] que a ingratidão impera neste governo", disse Joice Hasselman ao colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz.

Joice Hasselmann é tirada da liderança do governo: ‘Minha alforria chegou’

Deputado Delegado Waldir, que foi mantido na liderança do PSL na Câmara, afirmou que vai "implodir" o presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de "vagabundo".

"Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele, eu tenho a gravação. Não tem conversa, não tem conversa. Eu implodo o presidente. [trecho inaudível] Acabou, acabou. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei nessa porra, eu andei no sol 246 cidades, no sol, gritando o nome desse vagabundo", afirma Waldir em gravação.

Após gravação com a fala sobre "implodir presidente" vazar, o líder do PSL na Câmara disse não ter "nada" para usar contra Bolsonaro e afirmou querer "pacificar" a bancada do partido.

"É uma fala num momento de emoção, né? É uma fala quando você percebe a ingratidão. Tenho que buscar as palavras. Tenho que buscar as palavras", acrescentou. Questionado, então, se a crise passou, Delagado Waldir respondeu: "Nós somos Bolsonaro. Nós somos que nem mulher traída. Apanha, não é? Mas mesmo assim ela volta ao aconchego", disse Delegado Waldir.





Autor: Comunitária 87.9 FM

Data da Postagem: 18/10/2019 10:35:00

Fonte: G1