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Jovem que morreu após naufrágio estava sem colete salva-vidas e não sabia nadar

Jovem que morreu após naufrágio estava sem colete salva-vidas e não sabia nadar

(Foto: CBMSC/Divulgação)

Corpo foi encontrado por moradores de Barra do Guarita (RS), após desaparecimento na quarta-feira

  Após um barco virar na noite da última quarta-feira (6) no Rio Uruguai, no trajeto entre Santa Catarina e o Rio Grande do Sul, as pessoas passaram a utilizar mais um item de segurança imprescindível: o colete salva-vidas. A informação é dos Bombeiros da região. O corpo do jovem de 19 anos, único desaparecido após o naufrágio, foi encontrado na manhã deste sábado (9) sem o equipamento. Detalhe: o rapaz não sabia nadar.

— Como a embarcação é pequena, o principal recurso de segurança é o colete salva-vida. Porém, os próprios estudantes que estavam no barco disseram que ninguém usava o equipamento. Depois do que aconteceu, isso mudou. Se o jovem estivesse com o colete, ele poderia ficar flutuando e tenta alcançar um galho de árvore, ás margens do rio — declarou o capitão Diego Battaglin, do Corpo de Bombeiros de SC, que comandou a equipe de resgate.

Andrei Franchini, natural de Vista Gaúcha (RS), estava na embarcação "Santos II" com outros 13 colegas de uma universidade localizada em Itapiranga, no Extremo-Oeste catarinense, além do piloto. O acidente ocorreu no momento da travessia de volta para o Rio Grande do Sul. O rio estava com correnteza forte e muitas ondulações na água. Mais de 10 pequenos barcos fazem esse trajeto, além de uma balsa para o transporte de veículos.

— Devido às características do rio na noite de quarta-feira (estava bastante alto, com quase 3 metros acima do nível, e muita correnteza), o fluxo de barcos acaba fazendo onda para outra. Em uma pequena embarcação, qualquer movimentação já desestabiliza. Como vários foram para a parte de trás, acabou entrando mais água e ela começou a afundar — relatou o capitão Battaglin.

O jovem foi encontrado flutuando na água por moradores de Barra do Guarita, no Estremo Noroeste gaúcho, por volta de 8h15, distante mais de 1,5 km do ponto do naufrágio. O corpo foi entregue à Polícia Civil do RS. Por volta de 11h, ainda havia duas equipes de resgate que não tinham retornado e não sabiam que o corpo havia sido localizado, devido à dificuldade de comunicação na área onde foram feitas as buscas, de aproximadamente 16 km.

Na quinta-feira, para ajudar nos trabalhos na região, os bombeiros pediram à Usina Hidrelétrica da Foz do Rio Chapecó, em São Carlos (a 100 km do local do acidente) para fechar comportas. O barco acabou sendo localizado no dia seguinte, no Rio Uruguai, em Barra do Guarita (RS), e já foi retirado do local.

Bombeiros de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, a Marinha do Brasil e as Polícias Civis dos dois estados — inclusive, com apoio de aeronave - auxiliaram nas buscas. A Capitania Fluvial de Porto Alegre (CFPa), ligado à Marinha, abriu um processo administrativo para investigar as causas do naufrágio.





Autor: Comunitária 87.9FM

Data da Postagem: 11/11/2019 10:29:00

Fonte: Leandro Lessa do NSC Total