Nesta quinta, 28, à noite, 42 núcleos do sindicato realizaram marchas luminosas

Ainda com adesão parcial, já que nem todas as escolas estaduais pararam totalmente com suas atividades, a greve do Cpers/Sindicato completa 19 dias nesta sexta, 29. A categoria continua buscando o apoio da população e de lideranças para a pauta de reinvindicação. Além do parcelamento dos salários, os professores protestam contra o pacote do governo Eduardo Leite, apresentado à Assembleia Legislativa, que prevê mudanças significativas no plano de carreira.

Na terça, 26, mais de 10 mil pessoas participaram de assembleia-geral, na praça da matriz de Porto Alegre, para avaliar os rumos do movimento. A mobilização teve tumulto, no momento em que o comando de greve entregava um documento ao secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian. O problema ocorreu porque o governo teria se recusado a receber a solicitação no Palácio Piratini, o que foi realizado na calçada.

Alguns manifestantes teriam derrubado grades que davam acesso à sede do governo. Houve repressão pela tropa de choque da Brigada Militar que estava dentro do Piratini, com spray de pimenta e golpes de cassetete, que atingiram, entre outros, a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer.

Nesta quinta, 28, os 42 núcleos do Cpers realizaram uma marcha luminosa nas cidades sede, para sensibilizar à comunidade sobre a importância da greve.

Região

Além da participação na assembleia-geral, o 26º Núcleo do Cpers, com sede em Frederico Westphalen, está em Porto Alegre desde o início da semana, participando do Acampamento da Resistência. Nos 17 municípios de abrangência do 26º Núcleo, são 18 escolas paradas totalmente e 23, parcialmente.

Conforme o 40º Núcleo do Cpers, de Palmeira das Missões, que também abrange 17 cidades e mais de 40 escolas, todas as instituições de ensino da rede estadual estão paradas, algumas de forma parcial e outras com 100%.

Já a última atualização da 20ª Coordenadoria Regional de Educação, divulgada à imprensa, diz que das suas 90 escolas, 72 informaram a situação, sendo que 33 trabalharam normalmente, 23 têm paralisação total e 16 estão paradas parcialmente.

Autor: Comunitária 87.9FM

Data da Postagem: 29/11/2019 11:02:00

Fonte: Márcia Sarmento/ Folha do Noroeste