Uma discussão a respeito de tratamentos precoces para Coronavírus passou a circular nas redes sociais, após publicação do Ministério da Saúde recomendando esse tipo de cuidado preventivo.

No entanto, especialistas se manifestaram contrários à fala, uma vez que não há comprovação científica que medicamentos previnam a doença.

Mais cedo, o Ministério da Saúde havia publicado no Twitter informações consideradas corretas sobre a prevenção, mas deletou a publicação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), reitera que não há tratamento, remédio ou vacina efetiva contra a Covid-19.

“Nenhuma das drogas estudadas [cloroquina, hidroxicloroquina, remdesivir, interferon] reduziu a mortalidade em nenhum subgrupo de pacientes nem teve efeitos na iniciação da respiração artificial ou duração da internação hospitalar”, afirma o estudo sobre o ensaio

O que dizem especialistas

Conforme o médico e pesquisador da USP, Daniel A. Dourado – um dos cientistas a se manifestar sobre a ineficácia dos tratamentos precoces –  há boatos de que “o uso de medicamentos por pacientes com sintomas leves ou no início da doença poderia prevenir a evolução p/ casos graves. Mas NÃO há comprovação disso”, afirmou.

De acordo com ele, medicamentos que compõem o “kit covid-19”, como cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina e, agora, a nitazoxanida, não tem comprovação de eficácia.

Ele destaca que as drogas que tiveram bons resultados, foram usadas em fases mais avançadas da doença, como Corticoide (reduz o tempo no respirador em pacientes com quadros graves).

Autor: Comunitária 87.9 FM

Data da Postagem: 20/11/2020 06:07:00

Fonte: In Foco RS