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Saúde libera dose de reforço para população acima de 18 anos com vacinação concluída há cinco meses

Saúde libera dose de reforço para população acima de 18 anos com vacinação concluída há cinco meses

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira que toda a população acima de 18 anos que tenha concluído a imunização contra Covid-19 há cinco meses já pode tomar dose de reforço. A medida foi divulgada durante o lançamento da campanha de Mega Vacinação contra a Covid-19, que ocorrerá entre os dias 20 e 26 de novembro. A pasta planeja vacinar 158 milhões de pessoas com a aplicação extra.

No evento, o ministro Marcelo Queiroga salientou a necessidade dos brasileiros procurarem os postos de saúde para tomar a segunda dose. "Estamos juntos em um só objetivo: tornar as políticas públicas ainda mais eficientes. Ultrapassamos os EUA no percentual da população imunizada. Reforçamos que é fundamental a segunda dose para que se complete o esquema vacinal", afirmou. "A campanha Mega Vacinação contra a Covid-19 ocorre graças à força do SUS. Estamos ampliando ainda mais o acesso, para que as pessoas procurem as UBSs do Brasil", acrescentou.

Queiroga explicou que a ordem de imunização seguirá a mesma, sendo pela faixa etária e por comorbidades. "Aqueles que tomaram primeiro poderão buscar a terceira aplicação antes. Quem já está acima dos cinco meses, já pode buscar a dose de reforço", enfatizou. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina considerada preferencial para a terceira imunização é a da Pfizer, mas serão colocadas à disposição doses da AstraZeneca e da Janssen. 

Conforme dados atualizados do Ministério da Saúde, mais de 21 milhões de pessoas ainda precisam retornar aos postos de saúde para tomar a segunda dose de vacina contra o coronavírus. Em novembro, mais de 12,4 milhões de brasileiros estão aptos a tomar a dose de reforço. 

A pasta ainda alertou para o fato de que 50% da população que está com a segunda dose em atraso têm entre 20 e 40 anos. Outra situação que preocupa o Ministério da Saúde é o medo das pessoas em tomar a segunda dose por causa das eventuais reações à vacina.  "Observamos que uma faixa etária mais jovem está perfazendo um quantitativo expressivo de não ter ido tomar a segunda dose", afirmou a secretária extraordinária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite de Melo.

Os motivos, segundo Rosana, são multifatoriais. "Talvez uma não informação adequada quanto a efeitos adversos, o medo, as propagandas que acontecem, todos voltando a trabalhar. Muitas vezes a questão econômica está pesando, sim, e eles têm dificuldade de ir em determinada unidade fazer a vacinação porque estão no trabalho."

O secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, também observou uma tentativa do público em adequar o dia de tomar a vacina com o medo das reações. "Muita gente deixa de procurar o posto, fica calculando a melhor data, o melhor dia da semana para tomar a segunda dose em função da experiência de reação que teve com a primeira dose. Em regra, a reação é menor e essa é uma mensagem de incentivo para que todos procurem os postos de saúde para tomar a segunda dose."

Janssen

Outra mudança anunciada pela pasta diz respeito à vacina da Janssen que era aplicada em dose única e passará a ter duas doses. “No início, a recomendação era de que esta vacina fosse de dose única. Hoje, sabemos que é necessária esta proteção adicional. Então, quem já tomou a Janssen, agora vai tomar a segunda dose do mesmo imunizante. E, lá adiante, cinco meses após (a segunda dose), um reforço com imunizante diferente”, disse Queiroga. A segunda dose da Janssen deverá ser ministrada a partir de dois meses da primeira aplicação. 

A secretária-extraordinária de enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite de Melo, disse que o intervalo entre uma dose e outra da Janssen será de oito semanas, e que esta segunda dose começará a ser aplicada no Brasil a partir da próxima sexta-feira. Na semana passada, o Brasil recebeu um lote de 1 milhão de vacinas deste imunizante. Somente depois da aplicação da segunda dose, os cidadãos que receberam vacina da Janssen poderão tomar a dose de reforço anunciada hoje.

“A sequência é: completou cinco meses da segunda dose, receberá uma dose de reforço preferencialmente com uma vacina diferente”, explicou. Em alguns estados e no Distrito Federal, a vacina da Janssen foi aplicada preferencialmente em profissionais da Educação, uma vez que havia pressão para o retorno ao ensino presencial. Em Porto Alegre, o imunizante foi aplicado preferencialmente nos rodoviários.

O líder entre os atrasados 

Em números absolutos, São Paulo lidera o total de atrasados, com mais de 4,1 milhões de pendências. Em seguida vem Minas Gerais, com 2,2 milhões e Bahia (2 milhões). Proporcionalmente, o estado baiano também está no ranking de alerta, em terceiro lugar, já que mais de 20% da população ainda precisa completar o esquema. Em segundo lugar está o Ceará (23,7%), e o ranking negativo é liderado pelo Amapá (28%). 





Autor: Rádio Comunidade

Data da Postagem: 16/11/2021 16:30:00

Fonte: Correio do Povo e R7 / Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP