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Fortalecimento da luta indígena e relação com os governos é pauta de reunião de Caciques em Passo Fundo

Fortalecimento da luta indígena e relação com os governos é pauta de reunião de Caciques em Passo Fundo

Mais de 50 caciques e representantes de entidades indígenas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina estiveram reunidos durante toda a sexta-feira (25), na Aldeia Goj-Jur, em Passo Fundo. Entre os participantes, representantes do COMIN - Conselho de Missão entre Povos Indígenas, conselheiros da Articulação dos Povos Indígenas da Região Rul (ARPIN-SUL), do Conselho Estadual dos Povos Indígenas (CEPI) e do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), além de coordenadores do movimento social indígena do RS.

O objetivo principal foi o fortalecimento do movimento indígena, participação e acompanhamento na transição do governo federal, retomada da Funai, o maior órgão indigenista do país e afirmação de direitos dos povos indígenas, saúde indígena, demarcação de terras e educação.

O Cacique Isaías da Rosa, presidente do Condisi – Conselho Distrital de Saúde Indígena, afirmou que este é um momento importante para reforçar a luta indígena. “Estamos aqui para fazer o melhor pelas nossas lideranças. Nosso acesso à Funai foi restringido, exigiram agendamento para os indígenas e fomos nós que ajudamos a construir a Fundação para que tivéssemos um espaço coletivo onde buscar nossos direitos. Tivemos quatro anos de muito retrocesso, retirada de direitos e corte de recursos e agora precisamos do comprometimento dos próximos governos estadual e federal para atender as demandas do nosso povo. Estamos preocupados, pois há muitas demandas reprimidas, assim como corte de 59% para a saúde indígena. Nosso povo está jogado e poderemos até mesmo perder vidas por falta de veículos para transportar nosso povo para os hospitais. Esperamos que os governantes que irão assumir a partir de janeiro tenham um olhar para os indígenas e que possamos voltar a ter acesso à Funai”, conta.

O Cacique lembra da importância da manutenção dos direitos que foram suprimidos. “Sabemos que teremos que enfrentar lutas e novas batalhas, pois mesmo na gestão passada do PT, que teve um importante trabalho social para todo o país, a parte específica para o povo indígena deixou a desejar. Por isso nosso movimento precisa estar sempre atuante e forte. Queremos um atendimento diferenciado para o nosso povo, conforme prevê a lei”.





Autor: Comunitária 87,9 FM

Data da Postagem: 29/11/2022 15:00:00

Fonte: O Nacional